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A elaboração dos planos estratégico e operacional do MNP deve ser um processo inclusivo que envolva preferencialmente  toda a equipe do MNP. Uma assessoria externa ou um grupo maior de atores relevantes  também pode ser envolvido na fase inicial de identificação de riscos e objetivos, assim como em discussões sobre a minuta final. No entanto, as decisões finais sobre o que constará dos planos estratégico e operacional devem caber ao MNP. Isso vale também para MNPs integrantes de instituições maiores, tais como uma Instituição Nacional de Direitos Humanos.

Para a maioria dos MNPs, que são ouvidorias ou comissões nacionais de direitos humanos ou parte de MNPs de órgãos múltiplos, pode ser útil desenvolver seu plano estratégico em sinergia com outros departamentos. No caso de ouvidorias ou comissões nacionais de direitos humanos, o ideal é que o plano estratégico do MNP esteja alinhado ou seja parte de um plano institucional mais abrangente, ambos desenvolvidos de forma concomitante. Embora o MNP deva ter autonomia para definir seus próprios objetivos e atividades, eles devem, no entanto, amoldar-se aos objetivos globais da instituição. Pode ser útil envolver membros da equipe da INDH  em sua elaboração, inclusive o  departamento de planejamento e avaliação, por exemplo. Também pode ser um momento adequado para considerar temas transversais nos quais a instituição como um todo queira focar.

No caso de MNPs de órgãos múltiplos, pode ser útil – embora bastante complexo – elaborar um único plano estratégico. Um plano único poderia ajudar a maximizar recursos e garantir coesão entre as diferentes instituições. Nesse caso, é essencial dedicar tempo suficiente para que todas as instituições participantes possam contribuir, mesmo que o processo seja liderado por uma delas.

Em alguns casos, os MNPs são assessorados durante todo o processo por consultores externos, que podem facilitar o processo. É importante destacar, no entanto, que planos estratégicos inteiramente subcontratados ou elaborados por consultores externos (ou que não reflitam os objetivos acordados pela própria equipe do MNP) dificilmente serão implementados com êxito, uma vez que provavelmente não serão suficientemente legitimados pela equipe.

Finalmente, uma comunicação interna permanente é essencial para o sucesso de qualquer processo de planejamento. Os MNPs devem, assim, certificar-se de que dedicarão tempo suficiente durante todo o período de aplicação do plano a reuniões e discussões em equipe, de modo que todos compreendam o que está planejado e como essas ações contribuem para os objetivos do MNP.